Hoje escrevo-vos sobre as memórias da viagem de uma vida: 18 dias, de Deli a Goa, com passagem por Jaipur, Udaipur, Jodhpur, Pune e Mumbai.
Se em 1500 foi o ano do Vasco da Gama, 2012 foi o da Rita descobrir as maravilhas da India, para não mais esquecer e com vontade (muita vontade) de um dia voltar!
Jodhpur - 16 de Março de 2012
Finalmente chegamos a Jodhpur, a cidade Azul!
Estamos a meio da viagem e a India já nos deu muito: calor, confusão, gente e mais gente, sorrisos, olhares profundos, cheiros e sabores, cores.. tantas cores!
Ainda antes de pousar as mochilas decidimos contratar um taxi para um tour pela cidade no dia seguinte, e só depois vamos para o hostel: estamos hospedadas no coração da parte antiga da cidade.
À chegada encontramos um hotel simples que é também (e em simultâneo) uma casa de familia. Vivem cá 20 pessoas, e outras tantas, hospedes que chegam e saem.
O edifício tem tudo aquilo o que de melhor se pode encontrar, segundo o proprietário da casa: água quente 24h por dia, internet 24h por dia e um terraço delicioso, com vista para todos os monumentos importantes da cidade - simplesmente adorável.
O edifício tem tudo aquilo o que de melhor se pode encontrar, segundo o proprietário da casa: água quente 24h por dia, internet 24h por dia e um terraço delicioso, com vista para todos os monumentos importantes da cidade - simplesmente adorável.
Descarregamos as tralhas e tomo um duche: a agua afinal não é assim tão quente, mas a verdade é que também não é preciso!
Peço para usar a internet para enviar um email para a minha irmã a dar noticias.
Um dos miúdos da casa leva-me por um corredor:
- encontro a mãe a fazer pão na cozinha, sorri e acena com a mão cheia de farinha
- continuamos corredor fora e chegamos a uma sala de estar, num dos cantos uma secretária com um computador que deve ter, no mínimo, dez anos!
"Is this!" Diz o miúdo...
Está um senhor indiano, com alguma idade, a ver as noticias no computador, faço sinal a dizer que posso esperar ("No problem!") mas ele insiste para que eu tome o lugar dele. Senta-se ao meu lado, braço sobre as costas da minha cadeira, a sorrir, enquanto eu escrevo o email para casa e vai repetindo, vezes sem conta, "internet very fast, very fast"! Maravilhoso!!
Um dos miúdos da casa leva-me por um corredor:
- encontro a mãe a fazer pão na cozinha, sorri e acena com a mão cheia de farinha
- continuamos corredor fora e chegamos a uma sala de estar, num dos cantos uma secretária com um computador que deve ter, no mínimo, dez anos!
"Is this!" Diz o miúdo...
Está um senhor indiano, com alguma idade, a ver as noticias no computador, faço sinal a dizer que posso esperar ("No problem!") mas ele insiste para que eu tome o lugar dele. Senta-se ao meu lado, braço sobre as costas da minha cadeira, a sorrir, enquanto eu escrevo o email para casa e vai repetindo, vezes sem conta, "internet very fast, very fast"! Maravilhoso!!
Saimos e vamos passear pelo mercado, são menos de 2 minutos de caminhada até lá.
E então sim, sinto a verdadeira India, a tradicional, a que eu procurava!
E então sim, sinto a verdadeira India, a tradicional, a que eu procurava!
As pessoas aqui são simpáticas, sorriem, não se impõem, nem tentam vender-nos coisas a toda a hora. O trânsito é muito menos caótico e conseguimos, descontraidamente, passear durante mais de uma hora: compramos fruta, cheiramos incenso, especiarias, chás... Vivemos!
Optamos por jantar no hotel de forma a tirar partido daquele fantástico terraço e mal subimos, o dono, entusiasmadissimo, diz-nos que pela primeira vez vai ter um espectaculo no hotel dele!!!! "Fireworks" exclama, com um sorriso rasgado!
A historia resume-se numa linha: três turistas australianos andaram a passear no mesmo mercado que nós e encontraram foguetes à venda (!!!! oh deus, o que havia lá no meio da fruta :) eheheheh!!!), compraram uns quantos e estavam agora a preparar-se para lança-los.
Ocupo o meu lugar, sentada no chão e, assisto, feliz, aquilo tudo.
Foi assim que, no terraço de uma pequena cidade algures na India, três portuguesas, três australianos, um casal de franceses com perto de 60 anos e um indiano contente da vida, acabam a noite de boca aberta a olhar para céu ilimunado de cores.
Sinto como se fosse um sinal de que tudo vai valer muito a pena aqui...
Servem-nos uma comida deliciosa, está calor, mas a brisa que corre faz deste sitio um lugar onde se quer ficar por muitas horas.
E nós ficamos. Conversamos. Sorrimos.
Enfim, aproveitamos as coisas boas da vida.
Aquelas que não têm preço e que por isso mesmo têm tanto valor.
Tão bonito! Revivi cada momento
ResponderEliminarUm dia voltamos, combinado? :)
EliminarTão bonito! Revivi cada momento
ResponderEliminarParabéns Ritinha! O texto está muito interessante... dá vontade de ler mais e mais!!! Tive pena por ter chegado ao fim tão depressa... Deve ter sido mesmo uma grande aventura!
ResponderEliminarEm breve volto com mais episódios! Obrigada pelas palavras e por acompanhares o blog querida Carla! Beijinhos
EliminarViajei pela Índia em cada palavra tua e fiquei com uma vontade de enorme de conhecer. É uma delícia!! Acho que da próxima voltam acompanhadas! =)
ResponderEliminarVoltamos sim! Está na wishlist! :)
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